'as emoções negativas, como medo, ansiedade, raiva, desgosto e tristeza, têm uma função muito importante: elas nos ajudam a tomar boas decisões, que nos resguardam de perigos e decepções maiores. Mas isso não significa que o desgosto deva perdurar nem que seja saudável deixar que a sensação de raiva se transforme em um ataque de fúria. Pense nas emoções negativas como uma advertência. Depois que ela é dada, deixa de ser necessária. Sentir emoções desse tipo é importante, mas fazer com que elas passem também é.
Ao contrário do que se imaginava, dar vazão à raiva só faz aumentá-la. Isso ocorre porque o cérebro entra em um círculo vicioso em que os novos acontecimentos são interpretados à luz do estado raivoso. Como se não bastasse, a hostilidade é um fator de risco de doenças cardíacas, aterosclerose e mortalidade elevada tão grande quanto o fumo e o colesterol alto. A raiva prolongada é um veneno do qual nós mesmos bebemos. Da mesma forma, cultivar a tristeza, ainda que involuntariamente, como acontece durante a depressão, coloca o cérebro em um estado em que até as situações e opiniões favoráveis tendem a ser interpretadas de forma negativa.
O cérebro humano dispõe, na sua porção mais frontal, dos recursos necessários para controlar emoções negativas. Só precisamos aprender a usá-los bem.'
(Fique de Bem com seu Cérebro, de Suzana Herculano-Houzel)
veremos como em breve.
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