quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lições de Gustavo Corção


A Editora Quadrante acaba de lançar obra sobre a vida do escritor católico Gustavo Corção, de autoria de Marta Braga, Doutora em História Contemporânea pela Universidade de Navarra. Peguei hoje cedo e não consigo largar. Aonde vou, carrego o livro. Marta enxerta a biografia com trechos dos livros de Corção. Na sala de espera do dentista, meus olhos se encheram de lágrimas, não de medo dos procedimentos dolorosos que me aguardavam, mas de emoção ao ler a passagem em que o escritor lembra a coragem de sua mãe ao enfrentar dificuldades para manter os cinco filhos.

"Quem achará a mulher forte? (...) Todas as vezes que leio esta passagem do Livro da Sabedoria, vem-me ao espírito e ao coração uma onda de agradecimento a Deus e à mulher forte que amparou e alegrou nossa infância. (...) Minha mãe, viúva aos vinte e seis anos, apesar dos hábitos de abastança, agarrou-se à máquina de costura, e durante mais de dois anos trabalhou das cinco da manhã até altas horas da noite, para nos manter. Nesse tempo, o Estado não era esta imensa mamadeira de leite aguado em que hoje se transformou: em compensação, se o Estado não ajudava, também não atrapalhava (...); pudemos nos enquadrar dentro de um orçamento severo mas tranquilo, e tivemos uma infância toda iluminada de pobreza feliz." (citação de Conversa em Sol Menor, Agir, Rio de Janeiro, 1980, págs. 64-65)

12 comentários:

Ana Braga-Henebry disse...

Ela e' minha querida irma mais nova (de dez irmaos)! Estou esperando ansiosa para le-lo!!

Stella disse...

Que família maravilhosa, Ana! Parabéns. Por favor, diga a sua irmã caçula que um dia vou querer uma dedicatória no meu exemplar!
Um beijo,
Stella

Ana Braga-Henebry disse...

Digo sim! Vc e' americana morando no Brasil? Eu sou brasileira morando nos USA. :-)

Stella disse...

Que nada, Ana! Sou brasileiríssima, nascida e criada em Laranjeiras. ;-)

Ana Braga-Henebry disse...

Eu fui criada no Cosme Velho (R. Itmaonte) e Laranjeiras (Amirante Salgado um ano), e vovo' e titia moravam tb em Laranjeiras. Fomos muito a missa na S Judas tadeu e Cristo Redentor. Mas na maioria papai e mamae nos levavam `a missa no Coelgio Santo Amaro e Sao Bento, pelo canto gregoriano que ainda amo.

Stella disse...

Provavelmente nos vimos numa dessas missas, Ana. Meu pai, Felippe Daudt, me contou que gostava e admirava muito o seu pai.

Lembro que, na saída da missa do Cristo Redentor, ficávamos esperando os adultos terminarem a conversa intermináaavel para podermos almoçar. Também acho lindo o canto gregoriano!

Dudu disse...

Sou irmão desgarrado dessas virtuosas mulheres. Lembrei muito desse momento de esperar a conversa dos adultos acabarem na portaria da Crsito redentor, olhando a livraria para matar o tempo: os mesmo livros empoeirados, os disco que eram gravados por um Padre da Paróquia, alguns artigos que atiçavam nossa curiosidade. Gostava da missa das 11. Quando íamos a das 18h, eu já achava aquilo exagerado. Nunca engoli o Pe. Werner, que cortava o texto inteiro entre o Ofertório e o Pai-Nosso. Eu já era implacável aos 7, 8 anos! Hoje não tenho a menor disposição nem coragem de levar meus filhos à Igreja, as missas são absolutamente imprestáveis.

Stella disse...

Dudu, a livraria da Igreja do Cristo Redentor está menos empoeirada. ;-) Os atuais padres se esforçam e estão construindo um centro paroquial para cursos e atendimento ambulatorial.

Justamente na Missa das 18h, há um grupo que toca violão e canta muito bem. De vez em quando vou assistir. Comumente prefiro o Sion, onde me sinto bem e acho linda a capela. Afinal, bem ou mal cantadas, todas as Missas têm valor infinito. Isso é o que conta.

Uma vez por ano vou à Missa na Candelária. Comumente em 26 de junho, celebração do dia de São Josemaria Escriva. Já vi ateu se ajoelhar na hora da consagração, embalado pelos cantos, homilias inspiradoras, incenso e clima de devoção. Assim deveriam ser todas as Missas...

Stella disse...

Consegui hoje meu livro com uma dedicatória muito carinhosa. Adorei.

Anônimo disse...

Falsas Lições sobre Gustavo Corção

http://www.permanencia.org.br/drupal/node/1890

Ana Braga-Henebry disse...

Querida Stella, estou agora vendo o que ha' na internet sobre o novo livro da minha irma! Estive no Brasil semana passada (moro nos EUA ha mais de 25 anos) e trouxe nada menos do que quatro exemplares. http://anabragahenebrysjournal.blogspot.com/2012/10/my-sisters-new-book.html

Que lindo o que voce falou para meu querido irmao Dudu. Aqui tambem a missa tem muita musica mediocre muito embora os padres respeitem o texto. Recentemente temos nos EUA novo texto da missa bem mais fiel ao Latim. Duas minhas filhas (tenho sete filhos) adolescentes sao musicas e fazemos o voluntariado na nossa paroquia de musica uma vez por mes com piano, orgao e harmonia vocal cantando umas musicas lindas e mais tradicionais.

Stella disse...

Suas filhas fazem apostolado musical, Ana! Lindo isso! A alma se eleva diante da música sacra bem tocada numa Igreja. Parabéns pelos filhos e pela família unida, amei a foto deles no teu blog. Um beijo, S.

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