sábado, 9 de setembro de 2017

A Farsa Acabou

Pode não parecer, mas o momento em nosso amado país deve ser de esperança. A verdade liberta! A imagem das malas abarrotadas de dinheiro de Geddel e a conversa do "italiano" Palocci tornaram tudo claro como água. Como disse Deltan Dallagnol "A corrupção é uma assassina sorrateira, invisível e de massa. Ela é uma serial killer que se disfarça de buracos em estradas, em faltas de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza". É agora que os brasileiros devem ficar alerta, defender a Lava-Jato e guardar-se de cair na conversa malandra de candidatos em 2018. Antes de votar, informem-se camaradas!
foto Givaldo Barbosa - O Globo

Para começar, assistam o filme "Polícia Federal - A Lei é para todos" e leiam o artigo de Rosiska Darcy Oliveira para o Globo (09/09/2017)

"As máscaras caíram. La commedia è finita. A História, irônica como sempre, escolheu a Semana da Pátria para presentear os brasileiros com as imagens definitivas, irrefutáveis do fim de uma trama sórdida, urdida por uma gente abominável.
Malas e malas de dinheiro sujo do ex-chefe da Secretaria de Governo de Temer, um depoimento frio e devastador contra Lula, uma gravação obscena e machista de um bandido armado com a poderosíssima arma que uma grande fortuna pode ser.
Que o Brasil tenha se tornado um acampamento de bandoleiros parece evidente. O que importa agora é que os Joesleys da vida estão encurralados, acabarão todos atrás das grades, onde já está Geddel, depois de uma boa e profilática limpeza de lava a jato. Essa é a melhor das notícias, o presente do Dia da Pátria.
Nos mesmos dias em que as fitas com o chorrilho de canalhices machistas de Joesley eram ouvidas no STF, em Curitiba Palocci contava ao juiz Sergio Moro o que muitos já sabíamos.
Duzentos milhões de brasileiros ouviram do homem forte do governo Lula que o maior líder popular do Brasil, depositário não só das esperanças mas sobretudo do amor dos mais pobres, eloquente no discurso contra “eles”, os ricos, vivia a soldo “deles”, pedia milhões em propinas aos homens mais podres do Brasil. E recebia, fartamente. Dilma sabia das regras do jogo, jogando nas laterais. Eram “eles” que governavam o Brasil, embora os brasileiros acreditassem ter votado no Partido dos Trabalhadores.
O depoimento de Palocci, o Italiano das planilhas da Odebrecht, quebrou definitivamente os pés de barro do ídolo nacional que foi Lula, posto a nu na sua verdadeira condição de cúmplice do poder econômico mais corrupto. Sem apelação possível, ficaram demonstrados a periculosidade e o cinismo de uma organização criminosa que, sob o seu comando, governou o país por 16 anos.
É humilhante, sim, para o povo brasileiro, é uma traição terrível, uma decepção imensa para os milhões que o elegeram, mas é a verdade necessária que desconstrói os mitos e permite refundar a vida democrática.
Quando alguém é traído, no amor ou na amizade, o grande risco é perder a capacidade de amar. Na política, os melhores sentimentos podem deslizar para o desencanto. O risco que corre o povo brasileiro é, em um surto de depressão nacional, desacreditar de suas esperanças e cair nos braços de outro aventureiro ou psicopata, já que isso não falta na lista de pretendentes à sucessão de Lula no coração do povo. Um Lula ameaçado de passar as eleições de 2018 na cadeia.
Não me inscrevo entre os deprimidos. Indignada, sim, estou há décadas, com a obscena desigualdade deste país injusto, com a ditadura que ganhei de presente de 20 anos, com a progressiva usura dos sonhos de ver o Brasil tornar-se a grande nação que acreditei que ele fosse, com a evidencia da corrupção desvairada que, como um cupim, vai desfazendo o Estado brasileiro e contaminando a sociedade. Por tudo isso, creio que estamos vivendo um momento de travessia e de ruptura. Nada será como antes.
O ministro Luís Roberto Barroso, clarividente, aposta em uma revolução silenciosa em curso. “O velho já morreu, só falta remover os corpos. O novo vem vindo. Há uma imensa demanda por integridade, idealismo e patriotismo. Essa é a energia para mudar o curso da História”, escreveu em artigo recente.
Não é hora para depressão, ao contrário, é preciso celebrar essa revolução silenciosa e usar essa energia que a raiva e a frustração alimentam para fortalecer essas demandas que exprimem um querer coletivo.
A exigência de integridade é condição para governar, já que é obvia a relação de causa e efeito entre a pobreza e a corrupção, a ineficiência dos serviços e o assalto aos cofres públicos.
Idealismo, porque nunca tantos se preocuparam tão intensamente com o destino do país, opinando nas redes e nas ruas. E se há visões contrárias, o que é da natureza da democracia, são interpretações diferentes de um mesmo desejo de viver em um país mais justo. A lenda da juventude apática caiu por terra.
É preciso coragem para falar em patriotismo desde que o perigosíssimo Jair Bolsonaro usurpou a palavra para batizar seu partido fascistoide. No texto de Barroso essa palavra é reinvestida pelo que de fato é, o sentimento cálido de pertencimento, real, que todos conhecemos desde a infância e que nos leva a querer contribuir para tirar o país da tragédia em que mergulhamos.
A Semana da Pátria foi gloriosa. A farsa acabou. Caiu o pano. Desmascarados, nos bastidores, o salve-se quem puder."

domingo, 16 de abril de 2017

Feliz Aniversario Joseph!

Parabéns Jose!
Há 90 anos, em Marktl, às margens do rio Inn, nascia um menino que os pais chamaram de Jose. O dia estava frio e havia neve, mas a família católica alegrou-se que o filho caçula nascesse no Sábado Santo, véspera da Páscoa. Dois anos depois, a família mudou-se para Tittmoning, pequena cidade cortada pelo rio Salzach. Era um período difícil na Alemanha e na Áustria, país vizinho; havia pobreza e instabilidade. A luta entre os partidos políticos causava inimizade entre as pessoa. No final de 1932, a família precisou mudar-se mais uma vez, pois o pai de Jose, George e Maria tinha se exposto demais, enfrentando a violência dos camisas "marrom" durante os comícios. Apesar da mudança, aos poucos o nacional-socialismo (nazismo) ia transformando até a vida nas pequenas cidades. Em 1935, George entrou para o seminário arquiepiscopal, onde foi seguido por Jose na Páscoa de 1939. 

Veio a guerra, o seminário de Traunstein foi fechado, sendo transformado em hospital militar. Em 1943, aos 16 anos, Jose teve que aceitar um "internato" bem estranho, difícil para um menino que amava os livros e era tão pouco afeito aos esportes ou a vida militar. Os seminaristas nascidos em 1926-1927 foram levados para a Flak, em Munique. Mas foi possível continuar assistindo às aulas no ginásio Max, três vezes por semana, enquanto a cidade caía em ruínas. O grupo do seminário considerou a invasão dos aliados ocidentais na França como sinal de esperança. No final de 1945, George e Jose puderam voltar ao seminário. Sessenta anos mais tarde, Jose tornou-se o Papa Bento XVI, aceitando por algum tempo a missão de orientar a renovação da Igreja de Jesus Cristo, que ele tanto ama. Feliz Aniversário Papa emérito Bento XVI!


“Todos na Igreja temos uma grande dívida de gratidão para com Joseph Ratzinger-Bento XVI pela profundidade e o equilíbrio do seu pensamento teológico, vivido sempre ao serviço da Igreja, até às responsabilidades mais elevadas”, o Papa Francisco escreve, no prefácio da nova biografia do agora Papa emérito, ‘Servidor de Deus e da humanidade’.

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