domingo, 26 de maio de 2013

Programa do Papa Francisco na JMJ Rio2013

28ª Jornada Mundial da Juventude - Viagem do Papa Francisco de 22 a 29 Julho de 2013 ao Rio de Janeiro  
foto Ruy Salaverry
A Residência do Sumaré será o local que receberá o Sumo Pontífice durante sua estada no Brasil. A casa hospedou o beato João Paulo II em suas duas visitas ao Brasil, em 1980 e 1997. É um lugar reservado, pacato e longe dos grandes movimentos da cidade. Além do Papa Francisco, a residência receberá também toda comitiva papal.

SEGUNDA-FEIRA, 22 DE JULHO
8h45 - Partida do Aeroporto Roma Ciampino para o Rio de Janeiro
16h - Acolhida oficial no Aeroporto Internacional do Galeão/Antonio Carlos Jobim do Rio de Janeiro
17h - Cerimônia de boas-vindas no jardim do Palácio Guanabara, em Laranjeiras
17h40 - Visita de cortesia à presidente da República, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras

TERÇA-FEIRA, 23 DE JULHO
Todas as atividades do Pontífice serão privadas

detalhe foto Ricardo Maksoud
QUARTA-FEIRA, 24 DE JULHO
Visita ao santuário Nacional de Aparecida
8h15 - Partida, em helicóptero, do heliporto da residência do Sumaré para o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP)
9h30 - Chegada ao heliporto do santuário.
10h - Veneração da imagem da Virgem na Basílica do Santuário Nacional.
10h30 - Santa Missa na Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A homilia será feita pelo Papa.
13h - Almoço com o séquito papal, os bispos da Província Eclesiástica de Aparecida e os seminaristas no Seminário Bom Jesus, de Aparecida
16h10 - Partida, de helicóptero, do heliporto do Santuário Nacional para o Rio de Janeiro
17h25 - Chegada no Aeroporto Santos Dumont (III Comar), no Rio de Janeiro
18h30 - Visita ao Hospital São Francisco, na Tijuca. O Papa Francisco participa da inauguração do polo de Atenção Integrada da Saúde Mental (PAI), voltado para a recuperação e dependência química, que quer deixar como legado social.

foto do Globo

QUINTA-FEIRA, 25 DE JULHO
7h30 - Santa Missa, privativa, na residência do Sumaré, no Rio de Janeiro
9h45 - Entrega das chaves da Cidade ao Santo padre e bênção das bandeiras olímpicas no Palácio da Cidade, em Botafogo
11h - Visita à comunidade de Varginha, em Manguinhos
18h - Festa de acolhida dos jovens, na orla de Copacabana

SEXTA-FEIRA, 26 DE JULHO
7h30 - Santa Missa, privativa, na residência do Sumaré
10h - Confissão de alguns jovens participantes da JMJ Rio2013, na Quinta da Boa Vista
11h30 - Breve encontro, no Palácio São Joaquim, na Glória, com jovens infratores que cumprem medidas socioeducativas
12h - Oração do Ângelus, no balcão central do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, na Glória
12h15 - Saudação ao Comitê Organizador da XXVIII Jornada Mundial da Juventude e aos patrocinadores, no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, na Glória
13h - Almoço com jovens, no Palácio São Joaquim
18h – Via Sacra com os jovens na Praia de Copacabana – Discurso do Papa

Túnel entre Botafogo e Copacabana (uol)
SÁBADO, 27 DE JULHO
9h – Santa Missa com os bispos presentes na JMJ, sacerdotes, religiosos e seminaristas na Catedral São Sebastião – Homilia do Papa
11h30 – Encontro com a classe dirigente do Brasil (políticos, diplomatas, expoentes da sociedade civil, empresários) no Teatro Municial do Rio de Janeiro – Discurso do Papa
13h30 – Almoço com os cardeais brasileiros, a presidência da CNBB, os bispos regionais e a comitiva papal no Refeitório do Centro de estudos do Sumaré
19h30 – Vigília de Oração com os jovens na Praia de Copacabana – Discurso do Papa

DOMINGO, 28 DE JULHO
10h – Santa Missa com os jovens na Praia de Copacabana, seguida de Oração do Angelus
14h – Almoço com a comitiva papal no refeitório do Centro de Estudos do Sumaré
16h – Encontro com o comitê de coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) no Centro de Estudos do Sumaré - Discurso do Papa
16h40 – Despedida da Residência de Sumaré
17h30 – Encontro com representantes dos voluntários da JMJ no Pavilhão 5 do Riocentro, em Jacarepaguá
18h30 – Cerimônia de despedida no Aeroporto do Galeão/Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador
19h – Partida para Roma

SEGUNDA-FEIRA, 29 DE JULHO
11h30 - previsão de chegada a Roma (hora italiana, 06h30 no Brasil)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Reabertura da Igreja de Santo Antonio dos Pobres

Igreja de Santo Antônio dos Pobres reabre em 26 de maio
(notícia e fotos do site Vicariato Episcopal Urbano)


Os sinos já badalam. É com grande alegria que anunciamos a reabertura da Igreja de Santo Antônio dos Pobres na Rua dos Inválidos, após três anos e seis meses fechada para reformas estruturais.

Para marcar o acontecimento, o Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta estará presente e celebrará Missa às 10h do domingo, dia 26 de maio. O Pároco Eduardo Henrique Braga concelebrará a cerimônia.

Além do reforço estrutural, foram reformados o piso, os lustres, os vitrais, os sinos e o órgão. A Igreja reerguida na década de 1940 sobre a primitivo templo de 1808, voltará a receber milhares de devotos de Santo Antônio todo ano. 

E as comemorações não param por aí, pois na mesma semana começarão os festejos do padroeiro com o início da Trezena de Santo Antônio no dia 01 de junho e culminando no dia 13, dia de Santo Antônio, com a Alvorada às 6h da manhã e Missas durante todo o dia. 

A Paróquia de Santo Antônio dos Pobres fica na Rua dos Inválidos, 42, Centro do Rio de Janeiro. Telefone: 2222-2586



sábado, 4 de maio de 2013

Prefácio de Northanger Abbey - Jane Austen


Prefácio de Gentil Marques para "O Mistério de Northanger", edição Romano Torres (1956)

Meia dúzia de observações à volta deste romance 

Primeira Observação – Já um dia escrevemos, e, agora, aqui repetimos sinceramente: “De estilo fácil, fluente, sem exibicionismos nem arabescos, imprimindo a tudo um cunho de profunda verdade, Jane Austen legou-nos um maravilhoso tesouro literário: tesouro que encerra toda a grandeza, toda a imperfeição, toda a caricatura da alma humana”. 

Precisamente, caricatura! Eis o que este romance de Jane Austen, intitulado no original “Northanger Abbey”, e ao qual nós preferimos por em português o título bem justo de “O Mistério de Northanger” – nos oferece página a página, figura a figura, episódio a episódio. 

Sim, uma caricatura, mas sem exageros, sem excessos de traço, sem intenções de maldade. Apenas, digamos, a luz da verdade coada pelos olhos sorridentes da juventude. 

Foi este, afinal, o primeiro romance escrito por Jane Austen. Escrito às escondidas, a medo, sem ainda, de modo algum, sonhar em ser uma das maiores escritoras do seu tempo e do seu país. E o mais curioso é que essa isenção de celebridade vem imediatamente à superfície, dando-nos uma história contada com toda a naturalidade, sem qualquer espécie de transigência para com o leitor. Daí, sem dúvida, podemos extrair o maior mérito deste primeiro romance de Jane Austen: a franqueza total com que o escreveu. 

E de tal modo que imaginado e desenvolvido, aí por volta de 1796 (tinha ela vinte e um anos apenas) – somente foi editado em 1817, o seu último ano de vida. 

Curiosa coincidência, na verdade, que dá a este livro um tom palpitante de interesse: embora o primeiro a ser escrito, foi o último a ser publicado. E por quê? Porque a autora se atreveu a satirizar a literatura que então estava em moda: a chamada literatura de terror. Mas isso será já objeto de outro comentário. 

Segunda observação – A série começara, por assim dizer, com “O Castelo de Otranto” de Horace Walpole – e logo se seguiram imensos imitadores, especialistas em criar climas fantásticos para as suas obras. Um William Beckfort com esse estranho “Vathek”, aparecido em 1782, e, muito especialmente, a consagrada Ann Radcliffe, vieram dar novo impulso aos romances terroríficos. 

Pois precisamente em 1796 saiu o mais famoso dos romances de Ann Radcliff, “Mistérios de Udolfo”. Uma das suas leitoras mais atentas foi, sem dúvida alguma, por aquilo que ela própria nos conta, uma rapariga simpática chamada Jane Austen, que então vivia em Steventon. 

E nesse mesmo ano de 1796, essa mesma rapariga (Jane Austen) começou a escrever um romance que é este mesmo romance que nós aqui apresentamos agora “O Mistério de Northanger”. 

Sátira apenas à literatura aterrorizante, que punha em sobressalto os corações e os cérebros? Não! Algo mais. Bastante mais – porque nas figuras de Catarina Morland e de Isabella Thorpe há todo um tratado de psicologia feminina. 

Terceira Observação – E, digam-nos o que disserem, nós estamos certos que Catarina e Isabella são figuras copiadas da realidade. Aliás, grande parte da ação passa-se em Bath, uma estância de veraneio que Jane Austen conhecia maravilhosamente. E por isso mesmo, o seu retrato dos veraneantes é perfeito. Perfeito e eterno. Ainda hoje lá podemos encontrar Mrs. Allen, infeliz por não conhecer toda a gente, uma Mrs. Thorpe, com o bando das suas filhas para casar, um João Thorpe, apaixonado pelas emoções violentas, um Henrique Tilney, pondo em alvoroço o coração das raparigas, e muitos outros personagens que o delicado espírito de Jane Austen soube transportar para a sua obra. 

Pois, não há na própria Catarina Morland muita da sensibilidade de Jane Austen? Pensamos que sim. Ela foi, decerto, uma autora que se fragmentou pelas suas heroínas . E aquele pequeno diálogo no capítulo Vll, entre Catarina e João Torpe sobre a leitura de romances é bem elucidativo. 

Ele, o homem, defende a teoria de que nunca se escreveu nada melhor do que o “Tom Jones”. Ela, a rapariga, manifesta o seu interesse apaixonante pelos “Mistérios de Udolfo”. 

Quarta Observação – E ainda a propósito de leituras e leitores, salta-nos à vista uma indispensável observação, quando alcançamos o capítulo XIV e assistimos em pensamento esse belo passeio que Catarina deu no Beenchencliff, a convite da família Tilney. 

Então, a certa altura, talvez por inspiração da própria paisagem, Catarina Morland e Henrique Tilney armam entre si um excelente diálogo de sabor literário. 

De novo, o romance de Ann Radcliff “Os Mistérios de Udolfo” vem à baila. Mas aqui é defendido por ambos – a preparar habilidosamente, da parte de Jane Austen, o espírito do próprio leitor. 

Catarina duvida que Henrique leia novelas, porque diz ela “Essas obras não devem bastar-lhe. Os homens necessitam de ler obras superiores”. 

Mas logo Henrique estabelece o conceito “Qualquer pessoa, seja homem ou mulher, que não aprecie um bom romance, deve ser de uma estupidez intolerável”. 

Seguem-se nessas páginas, através da conversa, a que também se associa a inteligente e sensata Leonor, irmã de Henrique – alguns pontos de vista bem curiosos sobre a influência da leitura e a diferença de interesse, para os leitores, entre a história propriamente dita e o romance de ficção. 

E custa a crer – agora, a tão grande distância, no tempo e no espaço – que uma rapariga tímida e solitária, de 21 anos, possuísse já dentro de si tão grande bagagem intelectual. 

Quinta Observação – Raramente o leitor de um livro será tão habilmente orientado pelo autor, para um objetivo premeditado, como acontece com o leitor normal de “O Mistério de Northanger”. 

Desde o início do romance, Catarina Morland é o guia que leva o leitor consigo. E de tal modo se insinua em todos nós, que passamos a viver junto dela, acompanhando-a nos seus pensamentos, nas suas tristezas, nas suas alegrias, nas suas ansiedades. 

E, assim, do mesmo modo, o leitor a acompanha também nos seus terrores quando chega à velha abadia de Northanger, agora transformada em residência de um general estranho e despótico, e dos seus dois filhos. 

Não queremos nem devemos tirar a surpresa do leitor. Mas confessamos com toda a sinceridade que bastam os capítulos XX, XXI, XXII, XXIII e XXIV para fazer deste livro uma obra modelar no seu gênero. 

Sexta Observação – E, contudo, não foi logo compreendido. Calmamente, Jane Austen guardou-o, de novo, na gaveta da sua escrivaninha e, sem se desiludir, continuou a escrever. publicou uma "Razão e Sensibilidade” (em 1811), um “Orgulho e Preconceito” (em 1813), um “Parque de Mansfield” (em 1814), uma “Emma” (em 1816) e um “Sangue Azul”¹ (em princípios de 1817). 

Ela aproximava-se do fim. Nova ainda. Nascera quarenta e dois anos antes. Mas como as flores que murcham, às vezes, sem se saber porquê, ela ia murchando. Talvez lhe faltasse o calor de uma paixão forte. Talvez... 

De qualquer modo – esse ano de 1817 foi o último da sua vida. E por coincidência bizarra do Destino, como já dissemos, os editores vieram buscar-lhe então o romance que tinham rejeitado², “Northanger Abbey”, “O Mistério de Northanger”. Este mesmo romance que lhe oferecemos agora a sua curiosidade, leitor amigo, e que é bem o símbolo do talento de Jane Austen! 

GENTIL MARQUES 

1 No Brasil, “Sangue Azul” foi chamado “Persuasão”. 
2 Sob o título “Susan”, “A Abadia de Northanger” foi vendido por 10 libras a Benjamin Crosby, em 1803, mas não foi publicado. Em 1816 , um dos irmãos da autora comprou o manuscrito de volta pela mesma quantia.

Felicity Jones como Catherine Morland em "Abadia de Northanger"

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Europa proíbe pesticidas nocivos às abelhas

Bernie, a abelha que entregou a petição em Bruxelas
Europa vetou agrotóxicos que matam abelhas! 
Grandes empresas como a Bayer (Alemanha) e a Syngenta (Suiça) defenderam o uso de neonicotinóides,  mas a mobilização popular, através de e-mails, telefonemas e uma petição com 2 milhões e 600 mil assinaturas recolhidas pela Avaaz, reforçou o apelo dos apicultores. 

Em janeiro de 2013, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos descobriu três pesticidas que colocavam as abelhas em risco. As abelhas polinizam 2/3 dos nossos alimentos e estes pesticidas afetam seus neurotransmissores, impedindo-as de encontrar a colmeia. Desorientadas, elas se perdem e morrem. A proibição do uso de neonicotinóides aplica-se a todas as culturas, exceto cereais de Inverno e plantas não atraentes para as abelhas, tais como a beterraba açucareira. 

A luta não terminou, pois essa medida é temporária e a Comissão Europeia pode revê-la em 2 anos. Substâncias danosas aos insetos polinizadores continuam a ser utilizadas na Europa, no Brasil e no resto do mundo.

Nossas abelhas nativas não tem ferrão (meliponineos), são cerca de 300 espécies, responsáveis pela polinização da maioria de espécies vegetais. Algumas são verdes, como na linda foto de Rick Ipanema. Já encontrei UMA no Jardim Botânico. Quem quiser saber mais sobre essas belezuras, pode ler aqui o trabalho do professor Breno Magalhães Freitas, da Universidade do Ceará.


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