Tenho um filho biólogo. Partilhamos o amor pela natureza, o gosto pela observação de peixes e pássaros. Diferimos em alguns pontos. Ele ama até os bichos estranhos, sucessivamente me convencendo a aceitar uma iguana, uma piton e os camundongos para alimentá-la. Fui inflexível diante de um escorpião gordo e cascudo. Não!
Pedro tem dedo verde, as plantas florescem sob seus cuidados. Quando foi trabalhar em Belo Horizonte, deixou-me encarregada de molhar o pequeno jardim interno. Cumpro a tarefa fielmente, mas abençoo os dias de chuva que reduzem a conta da CEDAE. Com a volta do calor, as plantas pediam socorro e, de mangueira em punho, percorri-as com os olhos. Novidades à vista! Onze aranhas de diferentes tamanhos tomaram conta do espaço, na minha ausência. Essa é a criatura de Deus que menos aprecio. Reação natural em quem já apalpou, distraidamente, na própria cabeça, uma caranguejeira graúda passeando. Inesquecível.
Meu primeiro ímpeto foi assassinar os artrópodes com jatos do inseticida mais poderoso disponível na casa. Mas lembrei das palavras do Pedro: "- Mãe, elas nos protegem contra a dengue!" Aceitei o argumento quando eram três, mas onze aranhas é excessivo para mim. Não entro mais no jardim à noite...
Encontrei coisas bem mais bonitas no jardinzinho da casa durante os dias desta semana:
Meu primeiro ímpeto foi assassinar os artrópodes com jatos do inseticida mais poderoso disponível na casa. Mas lembrei das palavras do Pedro: "- Mãe, elas nos protegem contra a dengue!" Aceitei o argumento quando eram três, mas onze aranhas é excessivo para mim. Não entro mais no jardim à noite...
Encontrei coisas bem mais bonitas no jardinzinho da casa durante os dias desta semana:
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