domingo, 19 de outubro de 2008

Dia do Médico - Rio de Janeiro


Hoje meu sorriso está um tanto amargo. Ontem foi Dia do Médico e não me sai da cabeça o desrespeito do governador do Estado do Rio de Janeiro para com esses profissionais. Tenho testemunhado, há mais de 30 anos, frequentes atos de generosidade e esforço entre o pessoal da saúde. Existem negligentes, é claro, mas não são maioria. O mais comum é procurarem, inclusive, suprir o material necessário que falta no serviço. No passado faziam vaquinha para comprar gaze, agulha e linha para sutura, quando faltavam nas emergências. Hoje, se cotizam num exame especial para uma criança grave, que o hospital não está preparado para fazer.

Alguns médicos faltam, outros não cumprem a carga horária? Infelizmente. Tal como os professores, eles pulam de um emprego para o outro, tentando permanecer na classe média para garantir boa educação e seguro de saúde para seus filhos. Por que? Porque os governantes são despreparados, não cumprem seu dever básico, viajam demais, desperdiçam os impostos e pagam o mínimo para policiais, médicos e professores.

Os plantonistas faltosos, que foram chamados de vagabundos, trabalhavam para uma cooperativa e não recebiam há 4 meses. Mas isso é comum no Estado do Rio de Janeiro. Governantes que dão show para a mídia e só pensam no que vão levar de vantagem têm sido uma constante há 4 décadas.

O que me faz sorrir é que Sergio Cabral xingou os médicos exatamente do adjetivo que o povo costuma usar para agraciar os ... políticos.

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