Uma Fênix conquista a Europa
Como eu, talvez você nunca tenha ouvido falar em tal competição, mas o Concurso Eurovision da Canção trata-se de evento importante no continente europeu, acompanhado por 125 milhões de telespectadores, muito empenhados em torcer pelos representantes de seus países. Quem organiza o evento é a European Broadcasting Union (União Europeia de Radiodifusão), uma associação de companhias de rádio e televisão que compreende 74 membros ativos de 56 países e 42 membros associados de outros 24 países, tão diversos como Islândia, Egito Irlanda e Azerbaijão.
Uma comissão julgadora de 5 membros escolhe o vencedor do concurso. Igual peso tem os votos dos telespectadores dos países competidores. Se houver empate, prevalece o voto popular.
Na competição deste ano, a última candidata apresentou-se perto da meia-noite. O palco da arena B&W Halerna de Copenhague estava escuro, e, partindo do alto, feixes de luz destacavam a silhueta esguia da representante da Áustria. A seguir, revelaram os cabelos longos e os olhos amendoados de Conchita Wurst, que cantava "Rise like a Phoenix" numa voz poderosa e afinada. Cristais brilhavam no seu vestido longo, as mãos acompanhando graciosamente as palavras da canção. Então, a surpresa acontece, quando a luz ilumina a parte de baixo de seu rosto, revelando uma barba curta e cerrada. Conchita Wurst é o nome artístico de Tom Neuwirth, um jovem austríaco de 25 anos. Nem travesti nem transexual, Tom é solteiro e gay, e Conchita é sua resposta à discriminação, um protesto contra a intolerância, a esperança de todos os que já foram humilhados por serem diferentes. Os aplausos foram delirantes. Confira abaixo o vídeo e leia mais detalhes no artigo de Dorrit Harazim "A fênix que conquistou a Europa", no Globo.
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