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Mudança do comportamento altera
a química do cérebro.
Em 2012, foi lançado o filme "Pietà", do diretor coreano Kim Ki-duk. Como sugerem o título e a capa do DVD, essa é a história da dor de uma mãe cujo filho foi assassinado. Mas a resposta desta mulher ao sofrimento em nada se assemelha ao comportamento de Maria de Nazaré. Para vingar-se do assassino do filho, leva-o a crer que é a mãe que ele não conheceu. Sua intenção é despertar seu afeto e depois matar-se na sua frente, para que ele sofra o tormento de perder alguém que ama. Mas o inesperado acontece: ao fazer boas ações para o assassino do filho, cozinhando, limpando e arrumando sua casa, essa mãe desesperada acaba afeiçoando-se ao criminoso.
O psicanalista baiano Pedro de Figueiredo Ferreira costumava dizer que, ao identificarmos a coisa certa a fazer, era fundamental começar fazendo, em vez de ficar aguardando um impulso interno, esperando o desejado insight. Acreditava que a repetição desses atos voluntários precipitaria a mudança interna. Adepto do mesmo princípio, um padre católico aconselhava a rezar por aqueles de quem não gostássemos. Ao pedir a Deus por uma pessoa repetidamente, estaríamos lhe desejando coisas boas e transformando nossa disposição, pois é difícil odiar alguém por quem se ora. Posteriormente, a neurociência veio comprovar a sabedoria do psicanalista e do sacerdote. Quando você repete uma nova rotina, em substituição a uma outra destrutiva, essa resposta melhor se torna sua nova reação padrão. É assim que, mudando um comportamento, provocamos a mudança do cérebro. É caminhando que se faz o caminho!
mentalligent |
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