Tudo o que o aventureiro Yvon Chouinard faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa: você realmente precisa disto? Alpinista de renome, surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na cidade de Ventura, Califórnia, a deixar seus postos e pegar suas pranchas de surfe, tão logo as ondas sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado: a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo, em uma reportagem de capa.
Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe cerca de 900 currículos – como o do jovem Scott Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e passagens por outras empresas, implorou para ser aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o posto). Robinsou justificou: “Queria trabalhar numa companhia conduzida por valores”. Que valores são esses? “Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma”, diz Chouinard.
Essa alma está no parque Yosemite, onde, nos anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo para escalar paredões de granito. Foi quando começou a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis, uma novidade. Vendia-os a US$1,50. Em 1972, nascia a empresa, com objetivo de criar roupas para esportes mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente. A filosofia do alpinismo – não importa só aonde você chega, mas como você chega – foi adotada nos negócios. O lucro não seria uma meta, mas a conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas plásticas usadas e passou a usar poliéster reciclável. Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos, desenvolve pranchas de surf sem materiais tóxicos que dizem ser mais leves e resistentes que as atuais. Chouinard, que se define como antiempresário, virou tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar. Nem de pé.
Revista Época Negócios - jun. 2007. (Adaptado para questão de Concurso do BNDS)
Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe cerca de 900 currículos – como o do jovem Scott Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e passagens por outras empresas, implorou para ser aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o posto). Robinsou justificou: “Queria trabalhar numa companhia conduzida por valores”. Que valores são esses? “Negócios podem ser lucrativos sem perder a alma”, diz Chouinard.
Essa alma está no parque Yosemite, onde, nos anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo para escalar paredões de granito. Foi quando começou a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis, uma novidade. Vendia-os a US$1,50. Em 1972, nascia a empresa, com objetivo de criar roupas para esportes mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente. A filosofia do alpinismo – não importa só aonde você chega, mas como você chega – foi adotada nos negócios. O lucro não seria uma meta, mas a conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas plásticas usadas e passou a usar poliéster reciclável. Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos, desenvolve pranchas de surf sem materiais tóxicos que dizem ser mais leves e resistentes que as atuais. Chouinard, que se define como antiempresário, virou tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar. Nem de pé.
Revista Época Negócios - jun. 2007. (Adaptado para questão de Concurso do BNDS)
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